Eu sempre erro a prosódia do sentir
A procura infinita de classificar coisas
Morfologia inútil
Que nos impede de pensar
Vou com palavras graves
E você fica monossílabo
“chuva de pedra palavras, distribuindo pauladas”
Diria Paulo Leminski.
As vezes somos testamentos
curto
simples
e elementar.
Maria Amélia
Essa deve ser a parte Maria da Amélia
ResponderExcluirArley
É. Parte que par te Maria da Amélia.
ResponderExcluirÉ uma honra você por aqui, alguém que me lê tão bem!
Maria
As vezes fico feliz de lhe entender e triste com o que foi entendido. As vezes fico mais feliz em não lhe entender. Talvez orgulhoso.
ResponderExcluirEscrever é minha forma de digamos...economia psíquica. Não fique triste.
ResponderExcluirPerdi minha alma à flor do dia ou já perdera
bem antes sua vaga pedraria?
Mas quando me perdi, se estou perdido
antes de haver nascido
e me nasci votado à perda
de frutos que não tenho nem colhia?
E sou meu próprio frio que me fecho
longe do amor desabitado e líquido,
amor em que me amaram, me feriram
sete vezes por dia, em sete dias
de sete vidas de ouro,
amor, fonte de eterno frio,
minha pena deserta, ao fim de março,
amor, quem contaria?
E já não sei se é jogo, ou se poesia.
Carlos Drummond de Andrade.
Não me procurem que me perdi eu mesmo.